sexta-feira, 29 de maio de 2015

Do dar crédito às conversas mentais

O momento terapêutico é a dois, e a partilha de aprendizagens não é unidireccional. Sobre a importância que damos às conversas da nossa cabeça, ou pensamentos, o tão afamado "remoer", e como assim deixamos de dar resposta à realidade e de satisfazer as nossas necessidades, uma paciente partilhou a seguinte história comigo:

Um homem queria pregar uns pregos na parede da sua casa quando percebe que não tem martelo. Avisa então a sua mulher que vai pedir um martelo emprestado ao vizinho do rés do chão. Apanha o elevador no 2º andar e enquanto desce começa a pensar - E se o vizinho não me empresta o martelo? Isso é que era uma chatice...mas por que razão não me quereria ele emprestar o martelo? Já lhe emprestei imensas ferramentas. O tipo é um egoísta, nunca empresta nada a ninguém.

Nisto chega ao rés do chão, bate à porta do vizinho e quando este abre a porta diz-lhe - "Enfia o martelo num sítio que eu cá sei!"

Quantas vezes já largou a realidade, remoendo em considerações e deixando de dar resposta aos factos? Vale a pena experimentar o Mindfulness. Por que não começar hoje?

Catarina Satúrio

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